O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL “JOAQUIM BARBOSA” NO EVENTO ORGANIZADO PELA UNESCO “CONGRESSO SOBRE LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO”

O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL “JOAQUIM BARBOSA” NO EVENTO ORGANIZADO PELA UNESCO “CONGRESSO SOBRE LIBERDADE DE COMUNICAÇÃO” disse o seguinte:

1. O JUDICIÁRIO CONDENA MUITO OS DESVALIDOS, MAS DEIXA IMPUNES OS MAIS ABASTADOS... Criticou também o excesso de privilégio que a justiça dá aos políticos e as chances desiguais que poderosos tem em um processo, em comparação a pobres e negros. 
“Um dos principais problemas que vejo no BRASIL é a falta de transparência no PROCESSO JUDICIAL”. Joaquim Barbosa Presidente do Supremo Tribunal Federal.

2. JORNAIS DO BRASIL SÃO DE DIREITA – Joaquim afirmou que os três maiores jornais do Brasil tem opiniões “mais ou menos” de direita e reclamou da ausência de negros nas redações de jornais e televisões do País. O Brasil só tem três JORNAIS NACIONAIS e todos se alinham a direita no campo das idéias, ressalta que essa é uma opinião pessoal.

3. O Ministro também fez elogios à decisão recente da ARGENTINA que proíbe o contrato privado de ADVOGADOS com JUÍZES sem a presença de outras partes interessadas no processo. No STF Barbosa é o ministro que menos recebe advogados- e, freqüentemente é criticado por este comportamento. Para ele, esse tipo de audiência só é possível quando os defensores de todas as partes envolvidas na causa estão presentes – o que, na maioria das vezes, inviabiliza os encontros.

4. FORO PRIVILEGIADO – Barbosa também atacou o foro privilegiado. Pela constituição Federal, deputados federais, senadores e ministros de estado devem ser julgados pelo STF. Governadores, pelo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA (STJ) e Prefeitos pelos TRIBUNAIS DE JUSTIÇA. Para ele, o excesso de recursos também estimula a impunidade no Brasil. Um caso envolvendo duas ou três pessoas não é concluído no Brasil em menos de cinco, sete, às vezes dez anos, dependendo do status social da pessoa.

FONTE: Caderno B4/Brasil do DIÁRIO DO PARÁ de 04/05/13. Os meandros do Poder Judiciário.